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domingo, 16 de fevereiro de 2020

Erros de Stephen Hawking sobre Deus, Lógica e Milagres


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Este artigo ao fazer criticas ao ultimo livro do grande cientista Stphen Hawking, trata dos seguintes assuntos:

Conceito de Nada.
Big Bang
Natureza e definição de milagres
A natureza temporal da matéria/energia.
Principio da Causalidade
Princípio da Não Contradição



No lívro póstumo (publicado após a morte) de Stephen Hawking, "Breve respostas para grandes questões" ele comete vários erros.  A seguir pontuo alguns:

1- O universo foi criado do nada, segundo a ciência.
"Sou da opinião de que o universo foi criado espontaneamente, do nada, segundo as leis da ciência"Breves respostas para grandes questões. Stephen Hawking. Rio de Janeiro Intrinseca, 2018, p. 52
Resposta:
1- Hawking confessa no próprio livro que não sabe quais leis estavam em operação no momento da origem do universo. Mesmo assim ele tem fé que as leis da ciência fizeram o universo se autocriar
"Nos últimos cem anos, fizemos avanços espetaculares em nossa compreensão do universo. Conhecemos leis que governam quase todas as condições, com exceção das mais extremas, tais como as que deram origem ao universo...Acredito que o papel desempenhado pelo tempo no começo do universo é a chave final para eliminar a necessidade de um grande projetista e revelar como o universo criou a si mesmo. Breves respostas para grandes questões. Stephen Hawking. Rio de Janeiro Intrinseca, 2018, p. 52p. 59

2-Stephen Hawking ou não sabe o conceito de nada, ou seja, a inexistência, ou aproveita a ignorância de seus leitores para passar a ideia que o vácuo quântico (que ele chama de nada) criou o universo. Nesse erro ele segue os passos de outro astrofísico o Krauser  (veja link abaixo).  Parece que Hawking esqueceu o que escreveu num livro anterior:

"Como a energia não pode ser criada a partir do nada, uma das companheiras num par partícula/antipartícula terá energia positiva e a outra energia negativa." (Uma Breve História do Tempo. p.152 26 edição. Rio de Janeiro:Rocco, 1988 - Stephen Hawking).
Seu colega de profissão reitera: 

"Ademais, um “nada quântico”, com sua sopa borbulhante de universos-bebês, não é exatamente o que podemos chamar de um nada absoluto. O problema é que nós, humanos, não sabemos como criar algo a partir do nada. Precisamos dos materiais; precisamos das instruções. Essa limitação torna-se evidente quando tentamos lidar com a primeira das criações, a do Universo.(Criação Imperfeita- Marcelo Gleiser, p. 23, 2010)


3- Na verdade o que Stephen Hawking queria dizer era algo como o  vácuo quântico, cheio de energia, ou seja, ele usa o termo nada de maneira equivocada.
Clique aqui e veja o livro de seu colega Lawrence Krauss
 http://lordisnotdead.blogspot.com/2016/07/um-universo-que-veio-do-nada.html


Conclusão:

Não é correto de dizer que o universo veio do nada e nem que surgiu expontaneamente, pois do nada nada vem (ex nihilo nihilo fit)

2- Não pode existir milagres, poi este são violações das leis da natureza.
"Essas leis podem ou não ter sido determinadas por deus, mas ele não pode intervir para infringi-las, pois então elas não seriam leis. Isso dá a deus a liberdade de escolher o estado inicial do universo, mas mesmo aí parece que deve haver leis. Assim deus não teria liberdade alguma Breves respostas para grandes questões. Stephen Hawking. Rio de Janeiro Intrinseca, 2018, p. 59

Resposta: 
1- Milagres não são violações das leis da natureza., e que não contradizem a ciência. Na verdade são intervenções sobrenaturais nas leis, e não suspensões ou violações das mesmas, o Dr Willian Lane Craig explica quando entrevistado:
"milagre é o acontecimento que não pode ser produzido pelas causas naturais que atuam no tempo e lugar em que o evento ocorre...
- Não haveria aí uma contradição entre ciência e milagre? - perguntei. - O filósofo ateu Michael Ruse aponta:"Os criacionistas crêem que o mundo começou miraculosamente. Mas os milagres estão fora do âmbito da ciência, que, por definição, trata do natural, do recorrente, daquilo que é governado pela lei".
- Observe que Ruse não diz que os milagres são contraditórios com a ciência - notou Craig. - Ele diz que os milagres estão [ora do âmbito da ciência, e isso é bem distinto. Achoque o cristão que crê em milagre concordaria com ele nesse aspecto. Ele poderia dizer que os milagres, propriamente falando, estão fora âmbito da ciência natural - mas isso não significa dizer que eles contradizem a ciência....
2- As leis da natureza pressupõe que nenhum fator (natural ou sobrenatural) está interferindo na operação de um lei em específico, como por exemplo na lei da gravidade:

O senhor está discordando do grande cético David Hume, que definiu os milagres como violações das leis da natureza. - Sim, com certeza. Esse é um entendimento inadequado
do milagre - disse. - Veja, as leis naturais têm condições  implícitas ceteris paribus - expressão latina que significa "todas as demais coisas sendo iguais". Em outras palavras, as  leis naturais pressupõem que nenhum outro fator natural ou sobrenatural está interferindo na operação que a lei descreve.
- O senhor pode me fornecer um exemplo? Os olhos de Craig varreram a sala em busca de uma ilustração. Finalmente encontrou uma no próprio corpo. - Bem, é uma lei da natureza que o oxigênio e o potássio entrem em combustão quando combinados - explicou.
- Mas eu tenho oxigênio e potássio no meu corpo e, no entanto, não estou entrando em combustão. Isso significa que se trata de um milagre e que estaria violando as leis da natureza? Não, porque a lei simplesmente declara o que acontece em condições ideais, pressupondo que nenhum outro fator interfira. Neste caso, porém, existem outros fatores que interferem na combustão, e desse modo ela não ocorre. Não se trata de uma violação da lei.
- De igual modo, se existe um agente sobrenatural que está atuando no mundo natural, então as condições ideais descritas pela lei não mais estão atuando. A lei não está sendo violada porque ela tem uma regra implícita de que nada possa estar afetando as condições ideais....
 - A lei da gravidade declara o que irá acontecer sob condições ideais, sem a intervenção de fatores naturais ou sobrenaturais. Apanhar a maçã não subverte a lei.da gravidade nem requer a formulação de uma nova lei. E simplesmente a intervenção de uma pessoa com livre-arbítrio
que sobrepuja as causas naturais que atuam naquela circunstância particular. E é isso, essencialmente, o que Deus realiza quando faz ocorrer um milagre.
Em defesa da fé  Lee Suobel. São Paulo: Editora Vida, 2002

3- O universo se autocriou pelas leis da ciência.
"Nos últimos cem anos, fizemos avanços espetaculares em nossa compreensão do universo. Conhecemos leis que governam quase todas as condições, com exceção das mais extremas, tais como as que deram origem ao universo...Acredito que o papel desempenhado pelo tempo no começo do universo é a chave final para eliminar a necessidade de um grande projetista e revelar como o universo criou a si mesmo. Breves respostas para grandes questões. Stephen Hawking. Rio de Janeiro Intrinseca, 2018, p. 52p. 59

Resposta:
1- O termo auto criar é um termo autocontraditório, pois implica que o universo que já existia, começou a existir. Ou seja uma violação clara do principio da não contradição.Além disso ele mesmo,como visto na resposta da questão 1, ele disse que não se sabe que leis operavam.

2- O próprio Hawking admiti que o tempo, o espaço e a matéria começaram a existir no Big Bang . Em outras palavras como nada é causa de si mesmo o que atuou sobre Big Bang se trata de uma causa que foge do tempo, do espaço e da matéria. 
"No momento do Big Bang, um universo inteiro passou a existir, e com ele o espaço" Breves respostas para grandes questões. Stephen Hawking. Rio de Janeiro Intrinseca, 2018,p. 54
"Algo incrivelmente maravilhoso aconteceu no Big Bang. O próprio tempo começou Breves respostas para grandes questões. Stephen Hawking. Rio de Janeiro Intrinseca, 2018, p. 58
Não podemos voltar  a um tempo anterior ao Big Bang, porque não havia tempo antes do Big Bang.  Breves respostas para grandes questões. Stephen Hawking. Rio de Janeiro Intrinseca, 2018,p. 61
Conclusão:
Tudo que começa tem uma causa.
O universo (constituído de tempo, matéria e espaço)  começou.
Logo o universo tem uma causa atemporal, imaterial e adimensional.

4- Deus não pode ter criado o mundo porque não existia tempo antes do Big Bang. A ausência de tempo elimina uma causa.
Não podemos voltar  a um tempo anterior ao Big Bang, porque não havia tempo antes do Big Bang. Finalmente encontramos algo que não possui uma causa, porque não havia tempo para permitir a existência de uma. Para mim, isso significa que não existe a possibilidade de um criador, porque não existia o tempo para que nele houvesse um criador.  Breves respostas para grandes questões. Stephen Hawking. Rio de Janeiro Intrínseca, 2018,p. 60-61
Resposta:
1- Se a ausência de tempo invalida uma causa, então Hawking não poderia dizer que o "universo causou a si mesmo" , o seja, Hawking comete mais uma vez uma violação do principio da não contradição.

2-  Se o Big Bang é um efeito, logo ele tem uma causa. Esse é o princípio da causalidade. A causa que  provocou o Big Bang e este por sua vez gerou o tempo, o espaço e a matéria.. Sendo assim a causa primeira do Big Bang não pode ser material, espacial e temporal.

3- Como o tempo é a medida da mudança, e a primeira lei da termodinâmica e a lei de lavousier  determinam que na natureza a mudança é constante, e não pode haver criação nem destruição, logo isso implica que onde existe energia ou matéria (e com ela o tempo e o espaço), que é uma forma de energia, existe tempo. Ou seja, a energia/matéria por natureza é mutável e tudo que é mutável implica em tempo.  Se o tempo foi criado logo a energia foi criada. Se ela foi criada logo exige uma causa, um criador


Na Natureza nada se cria e nada se perde, tudo se transforma". Lei da lavousier


Bibliografia citada:
Breves respostas para grandes questões. Stephen Hawking. Rio de Janeiro Intrínseca, 2018
Em defesa da fé  Lee Suobel. São Paulo: Editora Vida, 2002
Criação Imperfeita- Marcelo Gleiser, Record.2010
Uma Breve História do Tempo. p.152 26 edição. Rio de Janeiro:Rocco, 1988 -

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