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quarta-feira, 22 de abril de 2015

Argumento Moral da inexistência de Deus


W.L.Craig - um dos maiores apologistas de todos os tempos


Argumento Moral da Inexistência de Deus

1. Um Deus completamente bom destruiria o mal. (1ª premissa)
2. Um Deus onipotente poderia destruir o mal. (2 premissa)
3. Mas o mal não foi destruído.
4. Logo, tal Deus não existe.
Refutação:
 A primeira premissa é ambígua e a terceira premissa não afirma completamente as condições reais: 

  • o termo 'destruir' é ambíguo. Se significa “aniquilar”, então Deus não pode destruir todo o mal sem destruir toda a liberdade (v. livre-arbítrio). Sendo assim a liberdade de acreditar em Deus ou não acreditar seria eliminada. 
  • Segundo, se destruir significa “derrotar”, a terceira premissa não acrescenta a importante palavra 'ainda':  “O mal ainda não foi destruído”. [É importante destacar que o 'ainda' se refere a nós que estamos no espaço-tempo]
  •  Quando isso é afirmado, a conclusão é diferente, já que Deus ainda pode derrotar o mal no futuro.
  • Se o ateu (v. ateísmo) responde afirmando: “O mal ainda não foi derrotado e nunca será”, não há base para a afirmação. Apenas Deus conhece o futuro com certeza. Então o ateu deveria ser  Onisciente (Um dos atributos de Deus, e portanto, Deus) para eliminar Deus por meio desse raciocínio.
  • Na verdade a existência do mal (injustiça) no mundo é uma evidência da existência de Deus. (ver abaixo- (Argumento Moral da Existência de Deus)


Argumento Moral da Existência de Deus

  •  Para saber que há injustiça no mundo, é preciso haver um padrão de justiça.
  •  Não pode existir uma lei moral suprema sem um Provedor Supremo da lei moral.
  • Então, ao dizer que Deus é mal Deus  se exige um padrão moral supremo de justiça, que por usa vez requer um criador desse padrão supremo (Deus)
ou:
  • Qual é a base para a moralidade? Os ateus podem crer na moralidade, mas não podem justificar sua crença. Por que alguém seria bom a não ser que haja quem defina bondade e responsabilize as pessoas por seus atos? Dizer que ódio, racismo, genocídio e estupro são errados é uma coisa. Mas se não há padrão absoluto de moralidade (i.e., Deus), então como essas coisas podem ser erradas? Uma prescrição moral implica um Prescribente moral 
ou:
1. Leis morais implicam um Legislador Moral.  (1ª premissa)
2. Há uma lei moral objetiva. (2ª premissa)
3. Logo, há um Legislador Moral.
  • A primeira premissa é auto-evidente. As leis morais são diferentes das leis naturais (que são descritivas). As leis morais não descrevem o que é, prescrevem o que deveria ser. Elas não podem ser conhecidas a partir do que as pessoas fazem. São o que todas as pessoas deveriam fazer, quer façam quer não. Sendo assim as leis morais não podem vir da Natureza, do cosmos e algo impessoal
  • A evidência para tal lei é forte. Está subentendida nos nossos julgamentos do tipo: “O mundo está piorando”. Como saberíamos, a não ser que houvesse algum padrão além do mundo pelo qual pudéssemos medi-lo? Afirmações como “Hitler estava errado” não têm força se essa é apenas uma opinião ou se os julgamentos morais de Hitíer estavam certos ou errados dependendo das normas culturais. Se ele estava objetivamente errado, então deve haver uma lei moral além de todos nós pela qual estamos todos presos. Mas se existe tal lei moral objetiva e universal, então deve haver um Legislador Moral (Deus).



Resumindo:
 1-a natureza não pode prescrever leis morais, pois as leis da natureza são descritivas e não prescritivas.
2-leis morais dependem de um legislador moral 
3- Se não existe lei moral absoluta, então as leis morais são subjetivas, relativas; e leis como Declaração Universal dos Direitos Humanos não fariam sentido. 
4- Uma lei moral objetiva (absoluta) requer um Prescrevente (legislador)

Objeção 1:
Os ateus argumentam que um Deus absolutamente bom deve ter um bom propósito para tudo, mas não há um bom propósito para a maior parte do mal no mundo. Logo, não pode haver um Deus absolutamente perfeito.
Resposta:
  • Os teístas mostram que só porque supostamente não sabemos o propósito das ocorrências do mal não significa que não exista um propósito bom. 
  • Esse argumento não refuta Deus necessariamente; apenas prova nossa ignorância do plano de Deus. Seguindo esse raciocínio, só porque supostamente não vemos um propósito para todo o mal agora, não significa que jamais saberemos. O ateu é prematuro no seu julgamento.
  •  Segundo o teísmo, um dia de justiça está chegando. Se existe um Deus, ele deve ter um bom propósito para o mal, mesmo que não o conheçamos. Pois o Deus teísta é onisciente e sabe tudo. Ele é totalmente benigno e tem uma boa razão para tudo. Assim, pela  Sua própria natureza deve ter uma boa razão para permitir o mal . Vejamos abaixo:

As cinco opções de Deus em relação a criação do mundo e à existência do mal:
Deus poderia: 
1) não ter criado nada;
 2) ter criado um mundo não livre, repleto de robôs (autômatos ou animais sem consciência moral); 
3) ter criado um mundo livre onde não poderíamos pecar; 
4) ter criado um mundo livre onde poderíamos pecar, mas no qual todos aceitariam a salvação de Deus; ou 5) ter criado um mundo como o que temos agora — um mundo onde nós pecaríamos, alguns seriam salvos, e o restante se perderia.


 A primeira opção não pode sequer ser comparada com as outras quatro porque "alguma coisa" e "nada" não possuem nada em comum. Comparar o mundo real a um não-mundo não é nem mesmo como comparar maçãs com laranjas, uma vez que ambas são frutas. É como comparar maçãs com não-maçãs, insistindo que não-maçãs têm gosto melhor. Na lógica, isso é chamado de erro de categoria. É como perguntar: "Que cor é a matemática?". A matemática não é sequer uma cor, de modo que a pergunta não faz sentido.

A segunda opção de mundo não seria um mundo moral. Seria um mundo sem o mal, mas também sem o bem moral.


A terceira e quarta opções também são falsas pois violam o princípio da não contradição:  nem tudo o que é concebível pode ser alcançável tendo-se criaturas livres. Por exemplo: é concebível que eu pudesse estar roubando um banco, em vez de estar falando com você. Mas isso não é alcançável porque eu livremente optei por conversar com você. Do mesmo modo, Deus não pode forçar criaturas livres a não pecarem. E também não pode forçar as pessoas a aceitar a dádiva da SalvaçãoLiberdade forçada é uma contradição.

Assim a quinta opção é a verdadeira, pois a LIBERDADE ENVOLVE RISCOS:
 Embora se  possa admitir que este mundo não seja o melhor mundo possível, ele tem de ser a melhor maneira para se chegar ao melhor mundo moral possível, pois os outros mundos possíveis não alcançam este resultado.
Deus pode ter permitido o mal com o objetivo de derrotá-lo. A permissão do mal advém do mau uso da liberdade das criaturas livres.   mundo se tornará o melhor mundo possível. 

A criação do melhor mundo possível assumiu riscos parecidos com a de um casal que resolve ter filhos: As pessoas que optam por ter filhos assumem o risco da perda com o objetivo de experimentar a alegria do amor. O mesmo é verdadeiro em relação a um campeonato de futebol. Os dois times sabem que um vai perder, mas ambos estão dispostos a participar do jogo apesar do risco.

Os atributos de Deus [ver links abaixo] (amor, justiça, onipotência) por suas próprias definições e inter-relacionamento garantem que por fim o mal será contido e esse mundo se tornará o melhor mundo possível. 

Deus é amor, e assim quer destruir o mal. (ver argumento Teleológico- Princípio Antrópico)
Deus é onipotente, e assim pode derrotar o mal  (ver argumentos- Causa Primeira, Argumento Cosmológico, etc.) http://lordisnotdead.blogspot.com.br/2015/04/prova-pela-causa-primeira-mutabilidade.html
Deus ainda não derrotou o mal, mas pelas premissas anteriores certamente o fará


Bibliografia utilizada:
Enciclopedia de Apologética. Norman Geisler. Editora Vida.
Fundamentos Inabaláveis. Norman Geisler. Editora Vida.
Não tenho fé suficiente para ser ateu. Norman Geisler. Editora Vida.