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quinta-feira, 2 de abril de 2015

A Teoria do universo cíclico exclui Deus?

TEORIA CÍCLICA


A teoria cíclica diz que o Universo funciona de forma cíclica, ou seja, de expansões [big bang] e de regressões [big crunch].
Esta teoria é utilizada principalemtne por ateus para dispensar Deus na criação do universo, já que neste caso o Universo seria eterno, mas cíclico.

Mas existem 3 problemas com esta teoria:
1- Recentes descobertas descartam esta teoria:

"acontece que desde 1998, sabemos que o universo permanece se expandindo sem parar, o que comprometeria a base desta teoria" (Revista superinteressante- Sapiens, julho de 2007, p. 7)

"uma força antigravidade e que ela responde pela maioria da massa-energia do universo, 74%. É muita coisa, o suficiente para anular a força de atração gravitacional entre os astros e garantir o cenário em que acreditamos [morte térmica do universo]." (Idem, p. 59)
  
“Os dados atuais indicam que o Universo contém somente 30% da matéria que seria necessária para deter a expansão” “As probabilidades que  favorecem o crescimento perpétuo ganharam mais força recentemente: observações das distantes supernovas sugerem que a expansão do Universo pode estar se acelerando e não retardando”(Scientific  American- edição especial, O passado e o presente do Cosmos, p. 75)

“Supernovas distantes são 25% mais fracas do que se havia previsto,uma indicação de que a expansão do espaço está se acelerando”(Idem, p. 28)

“Mas os indícios observacionais não apontam para a contração do universo” (Do universo ao multiverso, p. 192, editora vozes.)

“...obtidas por meio de supernovas distantes, de que a expansão do universo está se acelerando e não diminuindo sem eu ritmo como esperavam os cientistas, como está exposto no capítulo anterior.” (Idem, p. 198)


“no caso de expansão eterna, atingiremos dentro de 100 bilhões de anos a diluição total, que constituirá o nada numa temperatura de zero absoluto” (Idem, p. 145)

2-Esta teoria não explica a fonte primeira da mudança, mesmo adimitindo a eternidade da energia, o que requer uma fonte exerna ao universo. A chamada Prova pelo Movimento ou Mudança mostra que este modelo requer uma causa fora do Universo:
  •  è evidente a presença da Mudança, conforme diz a Lei de lavousier "Na Natureza nada se cria e nada se perde, tudo se transforma". e a Primeira Lei da  Termodinâmica "Lei da Conservação da energia"
  • Toda coisa que está em movimento[mudança] é movida por outra, direta ou indiretamente (Nada passa da potência ao ato senão sob ação de uma causa que já está em ato, o que significa que nada pode ser a causa de si mesmo). Então, torna-se necessário chegar a um primeira causa, fora da série causal que não é movida [sofre ação de outra] por outra, Imutável  Ainda que se admita a eternidade da matéria ou energia, ainda assim  se exigiria um primeiro ser em Ato, Puro Ato.
  • O conceito de causalidade recíproca não explica a origem do movimento, da mudança, mas a transmissão do mesma. Portanto, mesmo um universo cíclico ainda requer uma causa primeira, que deve ser buscada fora do universo, pois tudo que muda, muda em função de outro ser que está em ato. Sendo assim o Universo cíclico requer necessariamente um ser que é Puro Ato, Imutável e portanto causa da Mutabilidade do Universo.
"Leslie afirma que 'a existência, mesmo de uma série infinita de acontecimentos passados, não poderia tornar-se auto-explicativa através de um processo em que cada acontecimento fosse explicado por outro anterior". Se há uma série de livros sobre geometria que devem seu padrão à cópia de livros anteriores, isso ainda não explica adequadamente por que o livro é do jeito que é, ou por que, afinal, existe um livro. A série inteira precisa de uma explicação. "Pensem numa máquina do tempo que viaja para o passado para que ninguém nunca precisasse projetá-la e construí-la. Sua existência forma um anel temporal auto-explicativo! Mesmo que viajar no tempo fizesse sentido, isso certamente seria um contra-senso.' " (Um ateu garante: Deus Existe. Antony Flew. Ediouro, p. 137, 2007.)
3-Esta teoria não explica a sintonia fina do Universo
  • Todo o universo apresenta ordem e propósito, é regido por leis, apresenta regularidade. Ora, toda ordem exige uma causa inteligente, que adapta os meios aos fins e os elementos ao bem do todo. Portanto a ordem do mundo é transcendente ao universo.
  •  Visto que o planejamento inclui conhecimento e sabedoria, e neste caso de todo universo, esse ser dever ser Onisciente e Todo Poderoso, pois se não fosse, não conseguiria levar o seu plano ao seu fim último. 
O Argumento Teleológico :
  • Em décadas recentes, os cientistas têm se maravilhado com a descoberta de que as condições iniciais do Big Bang foram finamente sintonizadas para a existência de vida inteligente com uma precisão e delicadeza que literalmente desafia a compreensão humana. Essa sintonia fina é de dois tipos :
  • Primeiro: Quando as leis da natureza são expressadas como equações matemáticas, você observa aparecendo nelas certas constantes, como a constante gravitacional. Essas constantes não são determinadas pelas leis da natureza, as leis da natureza são consistentes com uma ampla variedade de valores para essas constantes.
  • Segundo: Em adição a essas constantes, há certas quantidades arbitrárias colocadas como condições iniciais nas quais as leis da natureza operam. Por exemplo, a quantidade de entropia ou o balanço entre a matéria e anti-matéria no Universo.
  • Agora, todas essas constantes e quantidades caem em uma faixa extraordinariamente estreita de valores que permitem a vida. Fossem estas constantes ou quantidades alteradas em menos de um fio de cabelo, o equilíbrio seria destruído e a vida não existiria. Para termos apenas um exemplo, a força atômica fraca, se fosse alterada em apenas uma parte de dez elevado a centésima potência, não permitiria um universo permitidor de vida. Agora, existem três explicações dessa notável sintonia fina: Necessidade física, acaso ou design.
  • 1. Isso não pode ser devido a necessidade física, pois as constantes e quantidades são independentes das leis da natureza. Na verdade a teoria das cordas prediz que existem cerca de 10 elevado a quingentésima potência (10^500) diferentes universos possíveis consistentes com as leis da natureza.
  • 2. Então, poderia a sintonia fina ser devida ao acaso? Bem, o problema dessa alternativa é que as chances contra as sintonias finas terem ocorrido por acidente são tão incompreensivelmente grandes que não podem ser encaradas razoavelmente. A probabilidade de todas as constantes e quantidades caírem apenas por acaso na infinitesimal faixa permitidora de vida é absurdamente pequena. Nós sabemos agora que universos proibidores de vida são vastamente mais prováveis do que qualquer universo permitidor de vida. Então se o universo fosse o produto do acaso, as chances são esmagadoras de que fosse proibidor de vida. A fim de resgatar a alternativa do acaso, seus proponentes foram forçados a lançar mão de uma hipótese metafísica radical, a saber, que existe um número infinito de universos indetectáveis aleatoreamente ordenados compondo um tipo de agregado de mundos, ou multiverso, do qual o nosso universo é apenas uma parte. Em algum lugar no meio desse agregado infinito de mundos, universos finamente sintonizados aparecerão por simples acaso e nós acontecemos de estar em tal mundo. Bem, à parte do fato de que não existe nenhuma evidência independente de que esse agregado de mundos sequer exista, a hipótese encara uma devastante objeção. A saber, se o nosso universo é apenas um membro aleatóreo de um agregado infinito de mundos, então é esmagadoramente mais provável que deveríamos estar observando um universo muito mais diferente do que o que observamos. Roger Penrose calculou que é inconcebivelmente mais provável que nosso sistema solar deveria repentinamente se formar através de uma colisão aleatórea de partículas do que existir um universo finamente sintonizado, Penrose chama isso de uma "perfeita loteria", em comparação. Então, se nosso universo fosse só um membro aleatóreo de agregado de mundos, seria inconcebivelmente mais provável que estivéssemos observando uma região local não maior do que o nosso sistema solar. Universos observáveis como esse são simplesmente mais abundantes no agregado de mundos do que Universos finamente sintonizados como o nosso e, portanto, devem ser observados por nós. Uma vez que não temos tais observações, esse fato fortemente desconfirma a hipótese do multiverso. Infelizmente para o ateísmo, é altamente improvável que haja um agregado de mundos. (ver Multiverso em MARCADORES)
  • 3. A fina sintonia do universo é, assim, plausivelmente devida a não necessidade física nem ao acaso. Portanto, segue-se logicamente que a melhor explicação é Design. Assim, o argumento Teleológico nos dá um Designer Inteligente do Cosmos. (Willian Lane Craig apresenta o argumento Teleológico, em debate com C. Hitchens)