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domingo, 3 de maio de 2015

Argumento Teleológico ou do Design



DEFINIÇÃO:
  • A precisão com a qual o Universo veio a existir nos dá provas ainda mais persuasivas sobre a existência de Deus. 
  • Essa evidência, tecnicamente conhecida como argumento teleológico, tem seu nome derivado do termo grego telos, que significa "plano".


EXPOSIÇÃO:
  •  O argumento teleológico apresenta-se da seguinte maneira:
1. Todo projeto tem um projetista.

2. O Universo possui um conceito bastante complexo.

3.  Portanto, o Universo teve um Projetista. 
              

                                   OU

1. O ajuste preciso do universo se deve ou a uma necessidade
física ou ao acaso ou ao design. (para ver ajuste preciso click  http://lordisnotdead.blogspot.com.br/2015/05/principio-antropico-ou-sintonia-fina-do.html )

2. O ajuste preciso do universo não se deve a uma necessidade
física ou ao acaso. (ver abaixo)

3. Logo, ele se deve ao design. argumento do design não está tentando explicar porque este universo em particular existe.
Antes, ela tenta explicar porque um universo que admite a existência de vida existe.



DISCUSSÃO:

Necessidade física?
As constantes e as quantidades devem ter os valores que têm, de modo que um universo que não admite a existência de vida é algo fisicamente impossível.

  •  As constantes não são determinadas pelas leis da natureza. Então, como elas não poderiam ser diferentes? 
  • Além disso, as quantidades arbitrárias são apenas condições-limite nas quais as leis da natureza operam. Nada  parece fazê-las necessárias.  
  • Mas não há prova alguma de necessidade física, isso é mera especulação.
  •  A candidata mais promissora a uma teoria da unificação (teoria que unificaria as quatro forças básicas da natureza (gravidade, a força nuclear fraca, a força nuclear forte e o eletromagnetismo) em uma única força carregada por um único tipo de partícula desse tipo que se conhece até hoje, a chamada teoria M ou teoria da supercorda somente funciona se existirem onze dimensões. 
  • Mas a própria teoria simplesmente não consegue explicar por que esse número específico de dimensões deve existir.
  • Além do mais, a teoria M não prevê unicamente um universo que admita a existência de vida. Ele permite uma vasta gama de cerca de 10 elevado  a 500 diferentes universos possíveis, todos consistentes com as mesmas leis, mas com variações nos valores das constantes da natureza. Quase todos esses possíveis universos não admitem a existência de vida. Assim, é necessária uma explicação do por que, dentre todas essas possibilidades, existe um universo que admite a existência de vida. 
  • Não podemos dizer que universos que admitem a existência de vida são fisicamente necessários, uma vez que, ao menos com base na teoria m , isso claramente é falso.
  •  Logo, não há evidências de que um universo que admite a existência de vida seja algo fisicamente necessário. Muito pelo contrário, toda a evidencia indica que universos que não admitem a existência de vida não são apenas possíveis, mas também bem mais prováveis do que qualquer universo que admite a existência de vida.

Acaso?
 Segundo esta alternativa, é um mero acidente o fato de que todas as constantes e quantidades caiam no âmbito em que se admite a existência de vida. Nós basicamente somos uns sortudos!
  • Um efeito não pode ser maior que sua causa. A Causa dos seres inteligentes deve ser inteligente. Ela não pode conceder perfeições que não tem para dar
  • Não é científico falar que o acaso causou os padrões incrivelmente complexos e inteligentes encon- trados na estrutura da vida e do universo. Apenas a intervenção inteligente explica adequadamente a organização do DNA no organismo mais simples.
  • O acaso é apenas uma descrição estatística da probabilidade dos eventos. Apenas forças ou poderes podem causar eventos. O acaso apenas descreve a probabilidade de uma força (ou forças) produzirem determinado evento.
  • O acaso não pode ser uma causa nos termos do argumento cosmológico. O acaso não é um poder, por isso não pode causar nada.
  • O problema fundamental que temos aqui é que as chances de que o universo que existe acontecer de admitir a existência de vida são tão remotas que essa alternativa se torna não razoável.
Objeções:

1. Não faz sentido falar da probabilidade de um universo precisamente ajustado existir porque só existe, afinal, um único universo. Assim, não podemos dizer que um dentre cada dez  universos, por exemplo, admite a existência de vida. È improvável que o universo deva admitir a existência de vida, pois existe um número imensamente maior de universos que não permitem a existência de vida do que o oposto, ou seja, universos que a permitam.Mas o acaso fez com que o universo que tivesse vida viesse a existir.

Ilustrações da loteria. Em uma loteria em que todos os bilhetes estejam vendidos, é incrivelmente improvável de que alguém ganhe, contudo alguém tem que ganhar! Não se justificaria que um ganhador, qualquer que fosse ele, dissesse: “As chances de que eu não ganhasse eram de 20 milhões contra 1. Mas ainda assim eu ganhei! ".

Do mesmo modo, algum universo que esteja fora da escala dos universos possíveis tem que existir. O ganhador dessa loteria do universo também não teria justificativas para pensar que, porque o universo dele existe, isso deve ser fruto do design, e não do acaso. Todos os universos são igualmente improváveis, mas um deles, por acaso, tem que vencer.
Resposta:
  • O argumento do design não tenta explicar porque este universo em particular existe (porque uma bola na loteria seja retirada). Antes, ele explica porque um universo que admite a existência de vida existe, (porque a bola certa foi retirada), ao invés de ter existido um universo que não a permitisse. A analogia da loteria está equivocada porque ela se volta unicamente para o porquê de uma única pessoa ter ganhado. E na realidade numa loteria todas as pessoas tem chance de ganhar, ainda que a chance seja extremamente pequena, logo pelo menos u uma pessoa tem de ganhar. 
  • A analogia correta seria a de uma loteria em que dentre bilhões de bolas brancas estivessem todas misturadas com uma única bola preta, e alguém lhe diria que uma bola seria aleatoriamente tirada do meio de todas as outras. Se a bola retirada fosse a preta, você poderia viver; se fosse uma das brancas, você seria morto.
  • Assim, segundo a analogia correta, estamos tentando entender por que, a despeito de todas as chances contrárias, você pegou uma bola que permite a existência de vida, e não o contrário. E essa questão não é tratada quando se diz apenas: “Ora, alguma bola tinha que ser escolhida!”.
  • Do mesmo modo, dentre  a astronômica probabilidade de surgir um universo que não permitisse vida, surgiu um universo que a permite. Assim, ainda precisamos de uma explicação do por que um universo que permite a existência de vida existe.
2. Se existe infinitos, ou mesmo um número grande mas finito, de universos; nosso universo não passa de um elemento integrante de um conjunto de mundos ou “multiverso” aleatoriamente ordenados. Se todos esses universos realmente existirem, então, por puro acaso outros mundo que permitem a existência de vida irão aparecer em algum lugar desse conjunto de mundos. E uma vez que apenas universos que têm um ajuste preciso terão observadores, quaisquer observadores que existam nesse conjunto de mundos naturalmente observarão que o seu respectivo mundo goza de um ajuste preciso.Portanto, nenhum apelo ao design é necessário para explicar o ajuste preciso, E puro acaso.
Resposta:
  • A teoria do multiverso é apenas uma teoria que não pode ser testada. (ver link abaixo)
  • Matematicamente falando é impossível que haja infinitos universos. (ver link abaixo)
  • Os múltiplos universos previstos por esta teoria não abarcam a possibilidade de vida (ver Multiverso http://lordisnotdead.blogspot.com.br/2015/04/existe-o-multiverso-ele-descarta-deus.html)
  • mesmo que fosse possível haver outros universos, precisariam de um ajuste refinado para ter início, assim como o nosso Universo teve (lembre-se da extrema precisão do Big Bang que descrevemos no último capítulo). Assim, postular a idéia de múltiplos universos não elimina a necessidade de um Projetista — na verdade, isso multiplica a necessidade de ter um!
  • A hipótese dos muitos mundos é na verdade um elogio às avessas ao design. Se assim não fosse, cientistas sérios não estariam se reunindo para adotar uma hipótese tão especulativa e extravagante quanto essa dos muitos mundos, a não ser que eles se sentissem absolutamente obrigados a fazê-lo.

CONCLUSÃO:
 Das três alternativas citadas — a necessidade física, o acaso e o design — a mais plausível da  três é a do desing.



Fontes: 
1- Enciclopedia de Apologetica. Norman Geisler. Editora Vida.
2-Não tenho fé suficiente para ser ateu. Norman Geisler. Editora Vida,2006.
3-Em guarda. W.L. Crage. Editora Vida Nova, 2011