- Além de apontar para o início do cosmo, a evidência científica aponta para calibragem muito sofisticada e precisa do Universo desde o princípio, calibragem que torna possível a vida humana.
- Para que a vida exista hoje, um conjunto extremamente restritivo de condições deve ter estado presente no começo do Universo:
1. O oxigênio compõe 21% da atmosfera. Se a porcentagem fosse 25%, a atmosfera começaria a pegar fogo (incêndios expontâneos), se 15%, os seres humanos morreriam asfixiados.
2. Se a força da gravidade fosse alterada em parte 1040 , o Sol não existiria, e a Lua se lançaria contra a Terra ou se perderia no espaço. Mesmo um pequeno aumento na força da gravidade resultaria em todas as estrelas serem bem maiores que o nosso Sol, fazendo com que o Sol queimasse de forma rápida e inconstante demais para sustentar a vida
3. Se a força centrífuga dos movimentos planetários não equilibrasse precisamente as forças gravitacionais, nada ficaria em órbita em torno do Sol.
4. Se o Universo estivesse se expandindo a velocidade de um milionésimo menor que está agora, a temperatura da terra seria de 10 000°C, a expansão teria parado, e o Universo desabaria sobre si mesmo antes que qualquer estrela pudesse ser formada. Se tivesse se expandido mais rapidamente, então as galáxias não teriam sido formadas.
5. A distância média entre as estrelas na nossa galáxia (que contém 100 bilhões de estrelas) é 48 trilhões de quilômetros. Se essa distância fosse alterada apenas ligeiramente, as órbitas ficariam errantes, e haveria variações extremas de temperatura na terra. (Viajando à velocida- de de um ônibus espacial, 27 000 km por hora ou 8 km por segundo, seriam necessários 201 450 anos para viajar 48 trilhões de quilômetros.)
6. Qualquer uma das leis da física pode ser descrita como uma função da velocidade da luz (agora definida: 482 366 064 km por segundo). Mesmo uma variação pequena na velocidade da luz alteraria as outras constantes e tornaria impossível a vida na Terra
7. Se Júpiter não estivesse na sua órbita atual, seríamos bombardeados com material espacial. O campo gravitacional de Júpiter age como um aspirador cósmico, atraindo asteróides e cometas que, de outra forma, atingiriam a Terra.
8. Se a espessura da crosta da Terra fosse maior, oxigênio demais seria transferido para a crosta, o que tornaria a vida impossível. Se fosse mais fina, a atividade vulcânica e tectônica tornaria a vida insustentável .
9. Se a rotação da Terra durasse mais que 24 horas, as diferenças de temperatura entre a noite e o dia seriam grandes demais. Se o período de rotação fosse mais curto, as velocidades dos ventos atmosféricos seriam altas demais.
10. As diferenças de temperaturas da superfície seriam grandes demais se a inclinação axial da Terra fosse levemente alterada.
11. Se a taxa de descarga atmosférica (relâmpagos) fosse maior, haveria muita destruição pelo fogo; se fosse menor, haveria muito pouco nitrogênio fixado no solo.
12. Se houvesse mais atividade sísmica muitas vidas seriam perdidas. Se houvesse menos nutrientes no fundo dos oceanos e nos deltas dos rios eles não voltariam para os continentes por meio da elevação tectônica. Até terremotos são necessários para sustentar a vida como a conhecemos.
13- O grau de transparência da atmosfera é uma constante antrópica. Se a
atmosfera fosse menos transparente, não haveria radiação solar suficiente sobre
a superfície da Terra. Se fosse mais transparente, seríamos bombardeados com
muito mais radiação solar aqui embaixo (além da transparência atmosférica, a
composição da atmosfera, com níveis precisos de nitrogênio, oxigênio, dióxido
de carbono e ozônio, é, por si só, uma constante antrópica).
14-Nível de dióxido de carbono.
Se o nível de CO2 fosse mais
alto do que é agora, teríamos o desenvolvimento de um enorme efeito estufa
(todos nós seríamos queimados). Se o nível fosse menor, as plantas não seriam
capazes de manter uma fotossíntese eficiente (todos nós ficaríamos sufocados —
o mesmo destino que os astronautas estavam tentando evitar).
15-Interação gravitacional entre a Terra e a Lua. Essa constante está relacionada à interação gravitacional que a Terra tem com a Lua. Se essa interação fosse maior do que é atualmente, os efeitos sobre as marés dos oceanos, sobre a atmosfera e sobre o tempo de rotação seriam bastante severos. Se fosse menor, as mudanças orbitais provocariam instabilidades no clima. Em qualquer das situações, a vida na Terra seria impossível.
"O astrofísico Hugh Ross calculou a probabilidade de que essas e outras constantes — 122 ao todo — pudessem existir hoje em qualquer outro planeta no Universo por acaso (i.e., sem um projeto divino). Partindo da idéia de que existem 1022 planetas no Universo (um número bastante grande, ou seja, o número 1 seguido de 22 zeros), sua resposta é chocante: uma chance em 10138 — isto é, uma chance em 1 seguido de 138 zeros![1] Existem apenas 1080 átomos em todo o Universo. Com efeito, existe uma chance zero de que qualquer planeta no Universo possa ter condições favoráveis à vida que temos, a não ser que exista um Projetista inteligente por trás de tudo."
"O ganhador do Prêmio Nobel Amo Penzias, um dos descobridores da radiação posterior ao Big Bang, expõe as coisas da seguinte maneira: A astronomia nos leva a um acontecimento único, um Universo que foi criado do nada e cuidadosamente equilibrado para prover com exatidão as condições requeridas para a existência da vida. Na ausência de um acidente absurdamente improvável, as observações da ciência moderna parecem sugerir um plano por trás de tudo ou, como alguém poderia dizer, algo sobrenatural "( Não tenho fé suficiente para ser ateu. Editora Vida, 108)
[1] "Why I Believe in Divine Creation",
138-41.
Fontes:
Enciclopedia de Apologética. Norman Geisler. Editora Vida, 2001.
Não tenho fé suficiente para ser ateu. Editora Vida, 2006
Para saber as implicações filosóficas e teológicas do Princípio Antrópico veja: http://lordisnotdead.blogspot.com.br/2015/05/argumento-teleologoco-ou-do-design.html